A regulamentação da Terapia Floral vem sendo
discutida desde 1990, quando foi criada a Abreflor, em S. Paulo. Esta Associação tinha
caráter nacional e assim ficou até 2003, quando da realização do I CONFLOR –
Congresso Brasileiro de Florais Nacionais no Rio de Janeiro. Nesse evento, que reuniu terapeutas e
pesquisadores de todo o Brasil, aproveitou-se para se rediscutir a organização
dos terapeutas florais em Associações Estaduais, e a transformação da
Abreflor em Confederação dessas Associações, o que foi feito a partir de 2004.
Nasceram então, a Rioflor, a Artflor-RS, a Assoc. Paulista, a Ame-te MG, a
Asterflo-MS, a Assoc. Catarinense e a de
Pernambuco. As duas últimas, estão
desativadas.
Durante
estes anos, houve um grande trabalho de preparação pela Artflor RS de um Código
de Ética, um Curriculum Mínimo, que foram
votados e adotados pela Abreflor.
A questão regulamentação ou autorregulamentação
voltou à preocupação das Associações, especialmente da Rioflor, quando da
publicação do PNPIC - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde, aprovada pela Portaria Nº. 971 de 03/05/2006,do MS, que incluía as Terapias Naturais no SUS, mas
não incluía a Terapia Floral. A Rioflor,
preparou em 2007 um dossiê que contou com apoio dos pesquisadores nacionais e
distribuidores de florais, com um abaixo assinado de usuários da Terapia
Floral, estudos acadêmicos feitos em todo o Brasil e publicações sobre o
assunto. Esse dossiê, bastante completo, foi encaminhado ao Ministério da
Saúde, Secretataria de Saúde do Estado do RJ, a deputados. Recebeu acolhida pela deputada estadual do
RJ, Inês Pandeló, que fez um projeto de lei, criando o Programa de Terapias
Naturais no Estado do Rio. Este programa,
Lei 5.471/09 foi aprovado e sancionado pelo governador do Estado em 10 de junho
de 2009.
No seu art
3º., diz “as modalidades terapêuticas
adotadas através do Programa de Terapia Natural deverão ser desenvolvidas por
profissionais habilitados e inscritos nos respectivos órgãos de classe
municipal, estadual e federal”.
A partir da Lei (primeira no Brasil, de âmbito
estadual), a Rioflor priorizou a discussão da implementação dessa lei, e
apressou o processo de discussão da autorregulamentação profissional. Foi feito contato com as outras Associações
estaduais e começou-se a discutir a formação de um Conselho de
Autorregulamentação.
Em asssembléias, a Rioflor e a Ame-te MG, aprovaram
revisões do Código de Ética ArtflorRS/Abreflor, e foi marcado um encontro em São Paulo, no dia 1º. de
maio
De
2010, onde compareceram representantes de cinco associações estaduais e da
Abreflor, que no momento está inativa. Aconteceu no Convento Santíssima
Trindade, na sala Shalom, no dia do nascimento de Buda (lua cheia em Touro, dia
da ascenção de S. Germain, sob a proteção do Grande Deva da Terapia Floral e da
essência Divina Rosa de Jericó, que parece ter sido criada no momento exato da
nossa necessidade de ancorar este Conselho.
Foi um dia de trabalho concentrado,
de um espírito de companheirismo e harmonia, impressionantes, que muito alegrou
a todas que dele participaram: Andrea Pache e Ana Paula Zandavalli (MS), Elvira Bonomi e Luciana Chammas (SP), Lilian Daisy Pinto e Patrícia Regina Baltazar
(MG), Lizete de Paula e Célia Gouvêa (RJ),
Monica Cervini (Abreflor-SP), Rogéria Comim (RS).
Decidiu-se que seria criada uma estrutura nova, O
CONAFLOR – Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral, com sede no Rio de Janeiro. A sede acompanhará seu presidente, com gestão
de 3 anos. Os associados do Conselho
serão as Associações Estaduais, que manterão suas características
próprias. Para que o terapeuta receba a
carteira do Conselho, terá que ser associado a uma das Associações que fazem
parte do mesmo, e comprovar 360hs de cursos, ou 5 anos de prática.
Foi votada a primeira diretoria, ficando como presidente Lizete de Paula (RJ),
vice-presidente Rogéria Comim (RS), tesoureira Ana Catarina Hallot (RJ) e
secretária Silvana Clapp. O Código de
Ética e o Estatuto, foram votados e
aprovados. Estava criado o CONAFLOR – Conselho Nacional de Autorregulamentação
da Terapia Floral.
CONAFLOR, de
que se trata e qual a sua importância?
A necessidade de um
órgão nacional, que pudesse representar a Terapia Floral e os terapeutas em instâncias
governamentais, e pudesse junto com
sindicatos de terapeutas, levar adiante a regulamentação da profissão, reuniu
as associações existentes :
Rioflor, Artflor, Ame-te, Asterflor, Associação Paulista e a Abreflor, para
criar o Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral – CONAFLOR
em 1º. de maio de 2010. Desde sua
criação, temos participado de eventos importantes para a categoria. A
aprovação de um Código de Ética para o profissional da Terapia Floral foi um
passo importante, pois é um norte para sua atuação; apoiar a formação do
terapeuta, através do incentivo à
educação continuada é parte importante de sua missão.
Optamos por ter um
Conselho de autorregulamentação que nos represente em
nossas especificidades, enquanto Terapia Floral. Isso nos dá mais liberdade de pensar,
discutir e atuar diretamente sobre as nossas próprias questões, , mas buscando
sempre as parcerias com os sindicatos e associações ligadas às Práticas
Integrativas e Complementares de Saúde.
Hoje,
com as novas possibilidades institucionais,
propiciadas pelas novas leis e
portarias federais, estaduais e
municipais, os órgãos de classe devem
estar fortalecidos, pois serão eles os interlocutores com os governos desses 3
níveis. Deverão cuidar, principalmente,
da formação dos Terapeutas. E é por isso que o Conaflor está exigindo de seus
associados uma formação com 360 hs/aula ou 05 anos de experiência, além de
estar associado a uma das 5 associações que fazem parte do Conaflor. 360 horas equivale a uma especialização, que
é o que se pede em caso de concursos públicos, na Saúde. Este é também um
incentivo para uma educação continuada do terapeuta floral, melhorando sua
qualificação profissional para benefício próprio, da Terapia Floral e da
população atendida por esse Terapeuta.
Esperamos poder
continuar essa importante tarefa e desafio, em muitas frentes e apoiados pelas
Associações Estaduais, incentivando a criação de novas, fortalecidas todas, pela
participação de seus associados. Só
trabalhando juntos, conseguiremos alcançar nosso objetivo: uma Terapia Floral reconhecida,
forte e presente na melhoria da qualidade de vida da população, tendo acesso a
todas as camadas, especialmente, as mais necessitadas.
“Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos
arco, todos nós no mesmo barco, não há nada pra temer..”
(Chico Buarque – Os saltimbancos)
Lizete de Paula – Presidente do CONAFLOR