sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pequena História da Organização dos Terapeutas Florais e a Criação do CONAFLOR








A regulamentação da Terapia Floral vem sendo discutida desde 1990, quando foi criada a Abreflor, em S. Paulo. Esta Associação tinha caráter nacional e assim ficou até 2003, quando da realização do I CONFLOR – Congresso Brasileiro de Florais Nacionais no Rio de Janeiro.  Nesse evento, que reuniu terapeutas e pesquisadores de todo o Brasil, aproveitou-se para se rediscutir a organização dos terapeutas florais em Associações Estaduais, e a transformação da Abreflor em Confederação dessas Associações, o que foi feito a partir de 2004. Nasceram então, a Rioflor, a Artflor-RS, a Assoc. Paulista, a Ame-te MG, a Asterflo-MS,  a Assoc. Catarinense e a de Pernambuco.  As duas últimas, estão desativadas.
Durante estes anos, houve um grande trabalho de preparação pela Artflor RS de um Código de Ética, um Curriculum Mínimo, que foram  votados e adotados pela Abreflor.

A questão regulamentação ou autorregulamentação voltou à preocupação das Associações, especialmente da Rioflor, quando da publicação do PNPIC - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde, aprovada pela Portaria . 971 de 03/05/2006,do MS, que incluía as Terapias Naturais no SUS, mas não incluía a Terapia Floral.  A Rioflor, preparou em 2007 um dossiê que contou com apoio dos pesquisadores nacionais e distribuidores de florais, com um abaixo assinado de usuários da Terapia Floral, estudos acadêmicos feitos em todo o Brasil e publicações sobre o assunto. Esse dossiê, bastante completo, foi encaminhado ao Ministério da Saúde, Secretataria de Saúde do Estado do RJ, a deputados.  Recebeu acolhida pela deputada estadual do RJ, Inês Pandeló, que fez um projeto de lei, criando o Programa de Terapias Naturais no Estado do Rio.  Este programa, Lei 5.471/09 foi aprovado e sancionado pelo governador do Estado em 10 de junho de 2009.
 No seu art 3º., diz “as modalidades terapêuticas adotadas através do Programa de Terapia Natural deverão ser desenvolvidas por profissionais habilitados e inscritos nos respectivos órgãos de classe municipal, estadual e federal”.

A partir da Lei (primeira no Brasil, de âmbito estadual), a Rioflor priorizou a discussão da implementação dessa lei, e apressou o processo de discussão da autorregulamentação profissional.  Foi feito contato com as outras Associações estaduais e começou-se a discutir a formação de um Conselho de Autorregulamentação.
Em asssembléias, a Rioflor e a Ame-te MG, aprovaram revisões do Código de Ética ArtflorRS/Abreflor, e foi marcado um encontro em São Paulo, no dia 1º. de maio
De 2010, onde compareceram representantes de cinco associações estaduais e da Abreflor, que no momento está inativa. Aconteceu no Convento Santíssima Trindade, na sala Shalom, no dia do nascimento de Buda (lua cheia em Touro, dia da ascenção de S. Germain, sob a proteção do Grande Deva da Terapia Floral e da essência Divina Rosa de Jericó, que parece ter sido criada no momento exato da nossa necessidade de ancorar este Conselho.
            Foi um dia de trabalho concentrado, de um espírito de companheirismo e harmonia, impressionantes, que muito alegrou a todas que dele participaram: Andrea Pache e Ana Paula Zandavalli (MS),  Elvira Bonomi e Luciana Chammas (SP),  Lilian Daisy Pinto e Patrícia Regina Baltazar (MG), Lizete de Paula e Célia Gouvêa (RJ),  Monica Cervini (Abreflor-SP), Rogéria Comim (RS). 
Decidiu-se que seria criada uma estrutura nova, O CONAFLOR – Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral,  com sede no Rio de Janeiro.  A sede acompanhará seu presidente, com gestão de 3 anos.  Os associados do Conselho serão as Associações Estaduais, que manterão suas características próprias.  Para que o terapeuta receba a carteira do Conselho, terá que ser associado a uma das Associações que fazem parte do mesmo, e comprovar 360hs de cursos, ou 5 anos de prática.
Foi votada a primeira diretoria,  ficando como presidente Lizete de Paula (RJ), vice-presidente Rogéria Comim (RS), tesoureira Ana Catarina Hallot (RJ) e secretária Silvana Clapp.  O Código de Ética e o Estatuto, foram  votados e aprovados. Estava criado o CONAFLOR – Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral. 

CONAFLOR,  de que se trata e qual a sua importância?

A necessidade de um órgão nacional, que pudesse representar a Terapia Floral  e os terapeutas em instâncias governamentais,  e pudesse junto com sindicatos de terapeutas, levar adiante a regulamentação da profissão,  reuniu  as associações  existentes : Rioflor, Artflor, Ame-te, Asterflor, Associação Paulista e a Abreflor, para criar o Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral – CONAFLOR em 1º. de maio de  2010. Desde sua criação,  temos participado  de eventos importantes para a categoria. A aprovação de um Código de Ética para o profissional da Terapia Floral foi um passo importante, pois é um norte para sua atuação; apoiar a formação do terapeuta, através do incentivo  à educação continuada é parte importante de sua missão.

Optamos por ter um Conselho de   autorregulamentação que nos represente em nossas especificidades, enquanto Terapia Floral.  Isso nos dá mais liberdade de pensar, discutir e atuar diretamente sobre as nossas próprias questões, , mas buscando sempre as parcerias com os sindicatos e associações ligadas às Práticas Integrativas e Complementares de Saúde.

            Hoje, com as novas possibilidades institucionais,  propiciadas pelas  novas leis e portarias federais,  estaduais e municipais,  os órgãos de classe devem estar fortalecidos, pois serão eles os interlocutores com os governos desses 3 níveis.  Deverão cuidar, principalmente, da formação dos Terapeutas. E é por isso que o Conaflor está exigindo de seus associados uma formação com 360 hs/aula ou 05 anos de experiência, além de estar associado a uma das 5 associações que fazem parte do Conaflor.  360 horas equivale a uma especialização, que é o que se pede em caso de concursos públicos, na Saúde. Este é também um incentivo para uma educação continuada do terapeuta floral, melhorando sua qualificação profissional para benefício próprio, da Terapia Floral e da população atendida por esse Terapeuta.

Esperamos poder continuar essa importante tarefa e desafio, em muitas frentes e apoiados pelas Associações Estaduais, incentivando a criação de novas, fortalecidas todas, pela participação de seus associados.  Só trabalhando juntos, conseguiremos alcançar nosso objetivo: uma Terapia Floral reconhecida, forte e presente na melhoria da qualidade de vida da população, tendo acesso a todas as camadas, especialmente, as mais necessitadas.

“Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco, todos nós no mesmo barco, não há nada pra temer..”
(Chico Buarque – Os saltimbancos)

Lizete de Paula – Presidente do CONAFLOR